Cientistas brasileiros e do exterior conseguiram realizar com sucesso a nanoencapsulação de venenos de serpentes em lipossomas para serem aplicados em animais. Trata-se de um trabalho inédito no mundo e que implicará numa economia significativa no processo de produção de soros antiofídicos.
Os estudos foram realizados em vários laboratórios colaboradores e nos laboratórios do Instituto Butantan pelo grupo da professora Maria Helena Bueno da Costa, que é doutora pelo Instituto de Química (IQ) da USP. Os resultados foram recentemente publicados no jornal Current Drug Delivery, em sua edição de novembro de 2012, no artigo A Rational Design for the Nanoencapsulation of Poisonous Animal Venoms in Liposomes Prepared with Natural Phospholipids.
Em procedimentos normais o soro é obtido com a injeção do veneno da serpente em cavalos. Ao receber uma injeção, o animal produz um anticorpo que é purificado pelo Instituto Butantan. É o fragmento deste anticorpo que é administrado no homem. “Os fragmentos é que serão capazes de neutralizar a ação maléfica do veneno”, explica a pesquisadora. “É a chamada imunização passiva”, descreve Maria Helena.
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